Na madrugada do último domingo (27), uma briga entre as torcidas organizadas Mancha Verde, ligada ao Palmeiras, e Máfia Azul, relacionada ao Cruzeiro, resultou em 17 pessoas feridas e uma morte. A ação foi considerada uma emboscada da Mancha à Máfia, enquanto os mineiros retornavam de Curitiba após uma partida do clube na capital paranaense, em retaliação a brigas anteriores. E este é só mais um capítulo do histórico de violência que gira em torno destas organizações.

É inegável que, dentro dos estádios, as torcidas organizadas fazem festa e ajudam a tornar o ambiente de uma partida de futebol em algo mais alegre. Fora de campo, muitas delas também contribuem com ações e causas sociais, além de estarem ligadas a outras áreas da cultura nacional, como o Carnaval. Porém, ainda que contribuam positivamente em muitos casos, elas causam medo e terror em grande parte dos torcedores comuns, justamente pelo histórico de violência que as acompanha.

Mesmo que cada torcida organizada tenha uma parcela pequena de integrantes violentos, são justamente as atitudes desta minoria que corroboram com o crescimento da imagem negativa em torno delas. Ameaças aos torcedores e organizadas de outros clubes, e confrontos entre membros de torcidas rivais geram pavor, receio, medo. E pior de tudo, faz com que a violência cresça, porque o ataque de hoje, vira o revide amanhã. E ele sempre acontece, não importa quanto tempo passe, gerando consequências que não trazem nada de positivo.

Criadas para apoiar os clubes para os quais torcem, as torcidas organizadas deveriam ser sinônimo de festa em um dos maiores representantes da cultura brasileira, que é o futebol. Entretanto, elas estão se tornando significado de ódio e terror, mesmo que através das ações de poucos. E isso precisa mudar urgentemente.